As melhores frases da entrevista de Henrique Medina Carreira, uma pessoa que admiro cada vez mais, ao Jornal de Negócios:
"Um dos políticos mais talentosos da segunda metade do século XX em Portugal" (refere-se ao então Ministro das Finanças Salgado Zenha).
"Estes partidos, com cada vez menos qualidade, com gente cada vez menos qualificada, pegam só no que é mais vistoso, no que rende mais votos, e não vão ao cerne dos problemas nacionais."
"E cada vez mais, a política depende da economia. Os políticos hoje não podem fazer senão estas aldrabices eleitorais, dão mais um subsídio aqui, tiram dalém."
"Hoje não temos ideias, pessoas, um país e esperança. Esse é o contraste entre 26 de Abril de 75 e Outubro de 2009."
"Nós já estamos entre a crise financeira e a social. Não a muito longo prazo - cinco anos - vamos sentir grandes dificuldades."
"Por exemplo, andaram a fazer pontes e auto-estradas onde não há carros, faz-me pensar que há negócio no beco."
"Se não mudarmos a economia, vamos estar numa pobreza como não conhecemos desde o princípio do século passado."
"O PS quer salvar a economia com as grandes obras e com dinheiro emprestado. Não quer que faça um grande elogio a estes cérebros, pois não?"
"... o português individualmente tem qualidades espantosas. Desenrascados, imaginosos, superficiais, atiram-se de cabeça. O grande defeito do português: não sabe trabalhar colectivamente... Um dos nossos grandes males foi nunca termos sido um país industrializado. [Somos] um país de comerciantes, de administrativos."
"Temos um ensino que é uma vergonha. A escola inclusiva quer dizer: um sujeito, quer queira quer não queira, quer estude quer não estude, quer saiba quer não saiba, tem que estar ali. Isto inquina toda a qualidade do ensino."
"... Esta ideia [da escola inclusiva] é uma burla da política portuguesa, é uma fantasia. O sistema educativo foi abandonado a umas loucuras e a uns loucos."
"Sou convidado mais vezes do que apareço. Excepto na RTP, que não é um orgão livre, onde não me convidam. A TVI também foi agora ocupada. Vou à SIC."
"No Estado Novo, um dos vícios da minha juventude era descobrir bufos nos cafés..."
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