Ontem realizou-se na RTP1 um debate que envolveu os pequenos partidos políticos que vão também concorrer às próximas eleições legislativas, tendo sido uma oportunidade de ouro para terem uma voz que nunca é ouvida. Os grandes partidos políticos, especialmente o PS e o PSD, são aqueles que têm todo o tempo de antena e manipulam a comunicação social tal como a opinião pública.
Estiveram presentes:
1. MEP (Movimento Esperança Portugal)
2. PNR (Partido Nacional Renovador)
3. PPM (Partido Popular Monárquico)
4. PCTP-MRPP (Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses)
5. MTP (Partido da Terra)
6. PTP (Partido Trabalhista Português)
7. PAN (Partido Animais Natureza)
O debate foi engraçado, pois como são partidos tão pequenos, os ideiais de cada um deles vem ao de cima. Mesmo assim, o tema andou sempre à volta da situação económica e financeira do país e como estes partidos com características tão vincadas de esquerda (MRPP) e direita (PNR), acabam por ter opiniões iguais, mesmo que a perspectiva de atacar o problema seja diferente.
Faço um pequeno resumo:
Rui Marques do MEP teve uma participação inteligente fazendo um discurso muito coerente, sucinto e aproveitando o seu tempo disponível. É bem capaz de angariar alguns votos.
José Pinto Coelho do PNR mostrou a sua posição de extrema direita, dizendo que Portugal deveria sair da UE, ter moeda própria e recuperar os valores nacionais que foram destruídos. Um Portugal sem identidade e nas lonas, até isso tenho eu que concordar. No que toca à expulsão dos imigrantes, esclareceu que todos aqueles que vivem cá, que em nada contribuem para a produtividade nacional e recebem subsídios deveriam ser expulsos.
Não cheguei a ver muitas intervenções de Paulo Estevão do PPM, mas da única vez que o vi falar foi esclarecedor quanto à situação económica.
António Garcia do MRPP foi quem interviu melhor dada a sua experiência política e capacidade de síntese. Fez uma análise deveras interessante e pôs a frio o real estado do país. A quem é que nós devemos? Para quem vai esse dinheiro do empréstimo? Esteve muito próximo do raciocínio apresentado por Francisco Louçã do BE, o que me deixou extremamente preocupado com a subversão total do país. Sim, este país a quem foi dito que não deveria cultivar, porque quem tomaria conta da agricultura seria a França. Não deveria produzir, porque isso era a tarefa da Alemanha. Não deveria pescar, porque isso estava incumbido aos espanhóis. Dá que pensar...
Pedro Graça do MPT também esteve bem nas suas intervenções e falou da desertificação do interior que está à mercê de Espanha. A representatividade do interior do país é cada vez menos sentida na Assembleia.
José Manuel Coelho do PTP proporcionou um momento apalhaçado, pois esteve durante boa parte do programa, até terem feito um intervalo propositado, a mostrar um pano que aludia ao direito democrático dos portugueses. Falou depois dos poderes da Madeira de Alberto João Jardim e do estado paupérrimo a que o país ali chegou.
Finalmente, o líder do PAN Paulo Borges foi aquele que nos proporcionou momentos altamente filosóficos dizendo que o modelo económico deveria ser revisto, pois a natureza e os animais são aqueles a que a humanidade se deveria de preocupar, pois são eles o centro. Por mais do que uma vez disse que 15000 litros de água são gastos para produzir 1Kg de carne que comemos todos os dias. Em parte tem razão no que disse, mas tudo é demasiado utópico para ser concretizado.
O povo português deve muito bem reflectir no que vai fazer no dia 5 de Junho quando colocar a cruz no boletim. Todos eles estiveram de acordo quanto ao voto útil que nestas alturas se fala sempre. Não há voto útil! De facto, o resultado desse voto útil tem sido o que se viu nos últimos anos. Um país em ruína total!
Houve uma petição a dizer que a atribuição de financiamento público, no valor de 9 milhões de Euros, para as despesas de campanha dos partidos políticos deveria por razões éticas dado o estado actual do país ser abdicado. Acham que eles permitiram que tal petição chegasse à Assembleia da República?
O debate foi engraçado, pois como são partidos tão pequenos, os ideiais de cada um deles vem ao de cima. Mesmo assim, o tema andou sempre à volta da situação económica e financeira do país e como estes partidos com características tão vincadas de esquerda (MRPP) e direita (PNR), acabam por ter opiniões iguais, mesmo que a perspectiva de atacar o problema seja diferente.
Faço um pequeno resumo:
Rui Marques do MEP teve uma participação inteligente fazendo um discurso muito coerente, sucinto e aproveitando o seu tempo disponível. É bem capaz de angariar alguns votos.
José Pinto Coelho do PNR mostrou a sua posição de extrema direita, dizendo que Portugal deveria sair da UE, ter moeda própria e recuperar os valores nacionais que foram destruídos. Um Portugal sem identidade e nas lonas, até isso tenho eu que concordar. No que toca à expulsão dos imigrantes, esclareceu que todos aqueles que vivem cá, que em nada contribuem para a produtividade nacional e recebem subsídios deveriam ser expulsos.
Não cheguei a ver muitas intervenções de Paulo Estevão do PPM, mas da única vez que o vi falar foi esclarecedor quanto à situação económica.
António Garcia do MRPP foi quem interviu melhor dada a sua experiência política e capacidade de síntese. Fez uma análise deveras interessante e pôs a frio o real estado do país. A quem é que nós devemos? Para quem vai esse dinheiro do empréstimo? Esteve muito próximo do raciocínio apresentado por Francisco Louçã do BE, o que me deixou extremamente preocupado com a subversão total do país. Sim, este país a quem foi dito que não deveria cultivar, porque quem tomaria conta da agricultura seria a França. Não deveria produzir, porque isso era a tarefa da Alemanha. Não deveria pescar, porque isso estava incumbido aos espanhóis. Dá que pensar...
Pedro Graça do MPT também esteve bem nas suas intervenções e falou da desertificação do interior que está à mercê de Espanha. A representatividade do interior do país é cada vez menos sentida na Assembleia.
José Manuel Coelho do PTP proporcionou um momento apalhaçado, pois esteve durante boa parte do programa, até terem feito um intervalo propositado, a mostrar um pano que aludia ao direito democrático dos portugueses. Falou depois dos poderes da Madeira de Alberto João Jardim e do estado paupérrimo a que o país ali chegou.
Finalmente, o líder do PAN Paulo Borges foi aquele que nos proporcionou momentos altamente filosóficos dizendo que o modelo económico deveria ser revisto, pois a natureza e os animais são aqueles a que a humanidade se deveria de preocupar, pois são eles o centro. Por mais do que uma vez disse que 15000 litros de água são gastos para produzir 1Kg de carne que comemos todos os dias. Em parte tem razão no que disse, mas tudo é demasiado utópico para ser concretizado.
O povo português deve muito bem reflectir no que vai fazer no dia 5 de Junho quando colocar a cruz no boletim. Todos eles estiveram de acordo quanto ao voto útil que nestas alturas se fala sempre. Não há voto útil! De facto, o resultado desse voto útil tem sido o que se viu nos últimos anos. Um país em ruína total!
Houve uma petição a dizer que a atribuição de financiamento público, no valor de 9 milhões de Euros, para as despesas de campanha dos partidos políticos deveria por razões éticas dado o estado actual do país ser abdicado. Acham que eles permitiram que tal petição chegasse à Assembleia da República?
Não vi o debate, mas gostei deste resumo. Os pequenos partidos deviam ser mais divulgados. Melhor seria existir listas de independentes aos círculos eleitorais. Partilhei em: http://www.facebook.com/pages/MDC-Movimento-Do-Cidad%C3%A3o/131637966889676
ResponderEliminarObrigado pelo comentário!
ResponderEliminarSegundo a nossa Constituição, a ideia de haver listas de Independentes não poderá ser exequível. Nem eu concordo com ela, pois estariamos a proporcionar que outros Esaltinos Morais fossem eleitos quando foram condenados por crimes que cometeram.
A melhor ideia seria propor a eleição de deputados escolhidos pelo povo, em vez de eles serem e estarem já associados a uma lista distrital proposta pelo partido, onde ninguém tem noção em quem é que vão votar para os representar na Assembleia da República. Tal já acontece por essa Europa fora.