Estive com atenção ao debate entre Sócrates e Louçã e tirei algumas notas sobre a realidade em que o nosso país se encontra. Aqui os amigos de cima, os grandes responsáveis pelo estado ao que o nosso país chegou, continuam a afirmar que a culpa é da crise internacional e da rejeição ao PEC IV.
Pois bem, a verdade é que vem aí um empréstimo que com juros deverá rondar os 110 mil milhões de euros, sendo que destes, reparem bem, 30 mil milhões serão só para pagar esses juros (taxa de juro de 5,7%, sendo que na Grécia é de 4,2%), 50 mil milhões para os credores (França e Alemanha) e 12 mil milhões para a banca. Muito pouco sobra para pagar uma dívida que ascende aos 30 biliões de Euros!!! É que o nosso grande Sócrates só em 3 anos conseguiu passar a dívida de 68 para 160 mil milhões de euros e toda a gente continua impávida e serena... Apenas 658 mil milhões são só nas PPP (Parcerias Público-Privadas)! Depois deste empréstimo, assim, virá concerteza novo empréstimo...
Depois do PEC I, onde se reduziu os abonos de família, o PEC II aumentou-se o IVA e no PEC III aumentou-se novamente o IVA com corte ainda nas prestações sociais, onde é que este país vai parar? A conclusão é simples: vamos conseguir pagar isto tudo? Louçã acha que não e falou-se pela primeira vez no termo Restruturação da Dívida, isto é, renegociar aquela taxa de juro para uma outra taxa que o país possa comportar. E isto passa obviamente por mais austeridade, como cortes na Saúde, apoios do Estado, nos Subsídios de Desemprego e, segundo a carta enviada por Teixeira dos Santos ao FMI, um forte corte à TSU (Taxa Social Única) que corresponderá entre 5 a 7 biliões de euros na Segurança Social!
Ou seja, o país está tão mau, tão mau que tudo aquilo que conhecemos e vivemos hoje em dia depressa vai desaparecer. Não admira que muita gente aclame por Salazar, sim esse homem que em menos de 1 ano resolveu e pôs em ordem as contas do país, aquele que tem sido sempre o nosso calcanhar de Aquiles por incompetência e crime ao Estado...
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