sábado, 24 de outubro de 2009

Pedaços da entrevista de Medina Carreira ao Jornal de Negócios!


As melhores frases da entrevista de Henrique Medina Carreira, uma pessoa que admiro cada vez mais, ao Jornal de Negócios:
"Um dos políticos mais talentosos da segunda metade do século XX em Portugal" (refere-se ao então Ministro das Finanças Salgado Zenha).

"Estes partidos, com cada vez menos qualidade, com gente cada vez menos qualificada, pegam só no que é mais vistoso, no que rende mais votos, e não vão ao cerne dos problemas nacionais."

"E cada vez mais, a política depende da economia. Os políticos hoje não podem fazer senão estas aldrabices eleitorais, dão mais um subsídio aqui, tiram dalém."

"Hoje não temos ideias, pessoas, um país e esperança. Esse é o contraste entre 26 de Abril de 75 e Outubro de 2009."

"Nós já estamos entre a crise financeira e a social. Não a muito longo prazo - cinco anos - vamos sentir grandes dificuldades."

"Por exemplo, andaram a fazer pontes e auto-estradas onde não há carros, faz-me pensar que há negócio no beco."

"Se não mudarmos a economia, vamos estar numa pobreza como não conhecemos desde o princípio do século passado."

"O PS quer salvar a economia com as grandes obras e com dinheiro emprestado. Não quer que faça um grande elogio a estes cérebros, pois não?"

"... o português individualmente tem qualidades espantosas. Desenrascados, imaginosos, superficiais, atiram-se de cabeça. O grande defeito do português: não sabe trabalhar colectivamente... Um dos nossos grandes males foi nunca termos sido um país industrializado. [Somos] um país de comerciantes, de administrativos."

"Temos um ensino que é uma vergonha. A escola inclusiva quer dizer: um sujeito, quer queira quer não queira, quer estude quer não estude, quer saiba quer não saiba, tem que estar ali. Isto inquina toda a qualidade do ensino."

"... Esta ideia [da escola inclusiva] é uma burla da política portuguesa, é uma fantasia. O sistema educativo foi abandonado a umas loucuras e a uns loucos."

"Sou convidado mais vezes do que apareço. Excepto na RTP, que não é um orgão livre, onde não me convidam. A TVI também foi agora ocupada. Vou à SIC."

"No Estado Novo, um dos vícios da minha juventude era descobrir bufos nos cafés..."

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