Aqui expõe-se tudo o que é potencialmente polémico, conspirador e preocupante, com especial atenção a um país à beira-mar plantado a caminho da ruína...
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Plano Inclinado #14 - Finanças
Programa de 21 Fevereiro de 2010 com Medina Carreira, João Duque e o convidado José da Silva Lopes (antigo Governador do Banco de Portugal).
Os melhores momentos:
Silva Lopes: Fui eu quem começou a história dos défices após 50 anos de finanças controladas de Salazar.
Medina Carreira:
- Nós os dois éramos uns mendigos. Eu pedia dinheiro ao Silva Lopes e o Silva Lopes pedia ao estrangeiro.
- Já há 30 anos atrás só com o FMI é que conseguimos por alguma coisa em ordem, embora já soubessemos aquilo que tinhamos que fazer.
Medina Carreira discute com Silva Lopes (parece uma guerra antiga), defende a Madeira que não tem culpa disto e impõe governação ao país!
Silva Lopes: As parcerias publico-privadas são para negócios privados e para falsear o orçamento.
João Duque: Alguém acredita nesta história do TGV? (mostrou números de estudos recentes)
Medina Carreira:
- Tem que se cortar em tudo 5%! (O Dr. Silva Lopes confirma as contas)
- A quem me chama Castratofista, eu respondo chamando-lhes Trafulhas!
Programa muito bom, falou-se muito do PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento) por intermédio de dois antigos políticos de velhos tempos, onde João Duque, o comentador habitual apresenta-se como uma lufada de ar fresco no que toca ao tema. A nossa classe política actual é demasiado má para a gravidade que o país apresenta!
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Coragem, Madeira!

Deixo uma mensagem de coragem e força ao grande povo da ilha da Madeira, onde tenho dois irmãos de Erasmus além de outros amigos que não mereciam tamanho desastre natural. As imagens são impressionantes e é um marco que nos faz reflectir acerca do mundo que estamos a alterar sem nos darmos conta. Também na Madeira tais mudanças se sentem, onde da paisagem habitual de fajãs, montes, montanha ou bananeiras, deram em muitos casos lugar a casas, prédios e a estradas das quais testemunhei surpreso, mas alegremente satisfeito da evolução que aquela ilha sofreu desde os meus 12 anos onde a vi tão pobre socialmente, mas tão rica em matéria-prima.
Há uma verdade que não podemos contornar. A água passará sempre pelos mesmos ribeiros onde outrora passou, existindo ou não mão humana, acabando sempre por desaguar no mar. Havendo ou não erro humano na habitual construção desenfreada existente por tudo quanto é lugar, em especial neste país, casos como este em que vitima pessoas que não têm culpa de tais acontecimentos, continuará sempre por existir.
Agora façamos como um vez disse o grande Marquês de Pombal: "há que enterrar os mortos e cuidar dos vivos". E eu sei que pela força de vontade e querer, o povo Madeirense há-de conseguir superar tamanha dificuldade e enaltecer a sua grandeza e cor que fazem daquela maravilhosa ilha, um dos lugares mais bonitos de sempre que já pude visitar!
Ficam as imagens para um dia mais tarde as recordarmos:
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Plano Inclinado #13 - Liberdade de Expressão
Os melhores momentos:
Medina Carreira: É óbvio que eles (governo) tiveram mão nisso (TVI).
João Salgueiro: Em menos de 10 anos, a dívida pública aumentou 5x mais. (...) Isto vai levar cerca de 5 anos a corrigir (9,3%).
A ASAE veio a dificultar ainda mais os pequenos empresários em vez de os ajudar a criarem aquilo que temos de específico e diferenciado em relação aos outros.
Medina Carreira:
- Nós somos o país dos professores Karamba, a multidão gosta e os políticos fazem a vez.
- O Goebbels aqui seria um menino de couro!
Medina Carreira aconselha a leitura de "Causas da Decadência dos Povos Peninsolares" de Antero de Quental para percebermos tudo isto.
Como crítica pessoal ao programa que foi muito bom, o convidado João Salgado foi o melhor até hoje no programa, pois conseguiu incorporar-se muito bem com o painel e acrescentar de um modo bastante positivo as críticas e ideias que este país necessita urgentemente.
Plano Inclinado #12
O programa fala sobre a temática da Educação ao nível do Ensino Superior, nomeadamente as suas finanças e o seu financiamento.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Plano Inclinado #11 - Orçamento de Estado
Os melhores momentos do programa:
João Duque: O Orçamento não trata os problemas que aqui falamos, portanto, se não fosse aprovado, seria um orçamento igual.
Miguel Gouveira: Até 2050, o corte poderá ser de 30% do ordenado actual.
João Duque (importante): Formas de poupar:
1. Segurança Social - muitos filhos - já não é possível
2. PPR (pouco viável)
3. Arrendar ou vender imóveis (muitos ainda a têm)
Medina Carreira: Em 2007, de vários modos, estavam pendoradas ao estado, o chamado Partido do Estado, cerca de 6,5 milhões de pessoas!
João Duque: Soluções para melhorar a reformar o sistema:
1. reduzir pensões
2. descontar mais
3. manter as pessoas a trabalhar mais tempo
4. imigração selectiva
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Capa do Sol - 12.02.2010

sábado, 6 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Bolsa de Lisboa cai a pique...

O PSI 20 fechou o dia de hoje com perdas de 4,98%, naquele que foi um dos dias mais negros de sempre da bolsa portuguesa, a pior sessão desde Outubro de 2008. A Espanha teve a pior queda do dia em todo o mundo com 5,94%, devido ao facto que depois da Grécia, os países Ibéricos são aqueles que apresentam mais riscos de entrar em incumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Os planos que apresentam para reduzir o défice não são tão agressivos quanto o que se esperava.
O Comissário Europeu Joaquín Almunia incentivou estas quedas com as declarações que proferiu vendo o país como muito dependente de financiamento externo (dívida externa) para viver diariamente, factor esse, o maior responsável pela crise que se vai começar a assentuar a partir daqui...
Será que vamos começar a ser governados a sério depois de 24 anos de brincadeira absoluta por parte dos nossos políticos? É altura de acordar...!
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Mário Crespo - O Fim da Linha
O Fim da Linha
Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.
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